ORAÇÃO E FÉ: SEUS EFEITOS NA SAÚDE
Oração e fé: seus efeitos na
saúde.A oração é, com certeza, independentemente da razão pela qual é
praticada, a expressão mais universal de confiança e fé em um Ser Superior.
Apenas no fim do século passado e, principalmente, no início deste é que o ato
de orar, ao alcance de qualquer mortal, tornou-se objeto de pesquisa.
Dr. Jeff Levin uma das maiores autoridades mundial, epidemiologista
formado em Teologia, Sociologia, Saúde Pública e Medicina Preventiva docente na
universidade do Texas e na Universidade de Michigan, um dos principais
cientistas do mundo no que se refere aos estudos sobre a relação entre as
práticas religiosas ou espirituais e sua relação com a saúde, pesquisador do National
Institute for Health care Research, afirma que resultados obtidos nas pesquisas
realizadas nessa área não deixam dúvida de que fé e oração realmente ajudam as
pessoas a se curar.
Basicamente, o que os pesquisadores descobriram é que a oração é um instrumento
real, efetivo, para ajudar na cura das pessoas, e que os efeitos positivos das
orações na saúde já podem ser identificados e medidos.
Médico e pesquisador Herbert Benson, conceituado médico da Faculdade de
Medicina da Universidade de Harvard, pesquisando os efeitos de vários métodos
alternativos sobre doenças e a saúde, entre elas a fé e a oração publico, em
seu livro Timeless Healing, que a oração, desacelera o metabolismo, reduz o
ritmo cardíaco e respiratório, prolonga a freqüência das ondas cerebrais,
diminui a pressão sanguínea, proporcionando sensação de paz e tranqüilidade,
melhorando o estado de saúde em geral.
Por meio da tecnologia de Tomografia Computadorizada por Emissão de
Fóton Único (em inglês, SPECT), percebe-se uma diminuição do fluxo sanguíneo no
lobo parietal superior, região do cérebro situada na parte de trás do crânio e
responsável pela orientação no espaço e no tempo. Estudos nessa área, abriu a
perspectiva segundo a qual o Ser Humano teria sido dotado de áreas no cérebro
dirigidas para a comunicação com Deus.
No Brasil, pesquisa feita pelo Centro de Estatística Religiosa e
Investigações Sociais (Ceris), do Rio de Janeiro, constata que pessoas com
temperamento forte quando convertidas se tornam mais tolerantes, se comportam
melhor nos diferentes papéis que desempenham como os de pais, cônjuges, filhos,
tornando-se mais dedicadas, menos egoístas, abandonando vícios da bebida,
drogas, intensificam sua preocupação com o próximo, melhorando a percepção do
outro, suas relações no trabalho, irradiando simpatia e mais ação no sentido de
fazer algo para ajudar as pessoas.
A verdade é que a fé leva a pessoa a rever valores, padrões morais e a
se tornar uma pessoa melhor.
O homem é uma unidade bio-psico-sócio-espiritual.
A dimensão biológica refere-se aos aspectos físicos do corpo: anatomia,
a fisiologia, os sistemas muscular, digestivo, ósseo, hormonal, respiratório,
as funções e disfunções dos diversos órgãos, a inter-relação desses sistemas.
As necessidades fisiológicas estão aqui incluídas.
A dimensão psicológica refere-se aos aspectos ligados à personalidade do
ser humano, manifestada no comportamento motivado por instâncias conscientes,
pré-conscientes e inconscientes. Incluem-se nesta dimensão o pensamento, a
memória, o raciocínio, o contato e a expressão de sentimentos, emoções,
desejos, vontades, necessidades de segurança, de auto-estima, de realização.
A dimensão social diz respeito aos aspectos ligados à vida em grupo,
enfocando os fatores econômicos, políticos, ideológicos e culturais. Esta
dimensão inclui, necessariamente, a interação e, conseqüentemente, todos os
fenômenos que acontecem na interação entre pessoas e grupos. A necessidade de
associação, de uma vida social está aqui incluída.
Orar é parte da natureza espiritual do ser humano. A dimensão espiritual
relaciona-se ao sentimento de pertencer ao mundo, de ser uma parte do Universo,
à noção da existência de forças maiores que o entendimento não pode ou tem
dificuldade de apreender; é uma dimensão que ultrapassa a matéria tal como a
conhecemos.
No contexto atual de crises e de mudanças e transformações profundas,
onde a fé é questionada, onde não é apenas a teologia que as pessoas querem
abandonar, mas também a ética, a moral e os costumes, compete-nos como
profissionais, em nossa responsabilidade social, refletir, também, sobre essa
questão e suas influências na saúde, na doença e na convivência humana, na
verdadeira espiritualidade que deve ser um dos desafios de todo cidadão deste
planeta.
Profa. Dra. Edna Paciência
Vietta
Psicóloga
Clínica/Ribeirão Preto
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