Infoxiçação
: o que é isso?
Infoxicação foi
o termo escolhido pelo físico Alfons Cornellá, para designar a relação entre
Informação e Intoxicação, um neologismo para explicar a dificuldade em
digerir o excesso de informação, um mal da era digital. Outros conceitos
relacionados com tal excesso são hoje conhecidos
como Hiperconectividade, Infonomia (mania
de buscar informação), Estresses de informação, Síndrome da Fadiga
Informativa. Ainda podemos incluir nesta lista outros neologismos
como Tecnoestresse: incidência de sintomas de estresse por profissionais
que se utilizam de tecnologias; mais precisamente, inconveniência moderna
causada pela inabilidade de conviver com as novas tecnologias do
computador”, Tecnodependência, também conhecida por Tecnósis são
termos utilizados para designar viciados em tecnologias. Técnofobia
pessoas que recusam os avanços tecnológicos ao considerar que prejudicarão à
sociedade. A Tecnofobia, descreve ainda, todo e qualquer sentimento de
medo, ansiedade ou sofrimento frente a uma ou várias formas de tecnologia. Esse
mal-estar físico e mental está na base
do Tecnoestresse.
Tecnoestresse
é causado pelo uso excessivo da tecnologia e provoca dificuldade de concentração
e ansiedade. O jovem tecnoestressado também pode tornar-se agressivo ao ficar
longe do computador. Pesquisas já associam overdose de tecnologia com problemas
neurológicos
e psiquiátricos e alguns resultados levam a crer que estão
aumentando os casos de doenças relacionadas ao isolamento, e a depressão é a que
mais cresce. Neurologistas também dizem haver uma incidência maior do Transtorno
de Deficit de Atenção entre adolescentes aficionados por computador.
O Tecnofóbico considera
que algo de ruim pode acontecer ao se familiarizar com os novos avanços e não
reconhece a necessidade de operá-los, nem de acrescentá-los à humanidade, pensa
que antes as coisas eram resolvidas da mesma forma e que a tecnologia pode
escravizar o homem.
Reconhecemos
como Tecnofílicos àqueles que organizam sua vida ao redor de novas
tecnologias e acham que sem elas não é possível ter uma vida social de sucesso.
Vivem pendentes da comunicação e dos diferentes modelos que se incorporam ao
mercado.
Assim
as abordagens sobre as relações entre tecnologia e sociedade tendem a cair em
duas posições extremas: Tecnofilia e Tecnofobia. A primeira vê a
tecnologia como um elemento ruim que está colocando a sociedade em um processo
de desumanização, não reconhecendo qualquer benefício que isto possa trazer a
vida humana. A Tecnofilia tem uma posição oposta, vendo nos avanços
tecnológicos as soluções e o meio ideal de melhorar o desempenho em diferentes
tipos de atividades.
Não
há como negar o fato de que a tecnologia abriu portas, expandiu horizontes
intelectuais e proporcionou oportunidades antes impossíveis para crianças e
jovens.
Assim,
quando usada corretamente, “a internet educa pessoas em locais isolados, promove
a comunicação ao redor do mundo, cria novos mercados e aumenta a conscientização
dos jovens sobre questões globais, forçando-os a considerar problemas maiores do
que os seus próprios", palavras de Cajetan Luna, diretor do Center for Health
Justice de Los Angeles.
Vale
a pena incluir, também, outro tipo de conduta relacionada às já mencionadas e
que define os que temem a tecnologia por desinformação, isto é, aqueles que se
sentem inferiores por não saberem manejá-las com destreza: os “analfabetos
tecnológicos“, que na maioria das vezes encontram-se nesta condição pela
impossibilidade ou falta de acesso às novas tecnologias ou mesmo pela falta de
condições e preparo para utilizá-los.
A
Psicologia
defende
que é preciso ensinar aos jovens que o acesso à rede exige cidadania, cuidado,
ética e responsabilidade.
Alguém
poderia dizer trata-se de modismo ou tendência em ver doença onde não existe.
Deste ponto de vista podemos dizer não haver reconhecimento, pelo menos por
enquanto, de tais doenças, senão síndromes para identificá-las e enquadrá-las em
conjunto de sintomas. Visto desta forma é possível enquadrá-las em algumas
patologias e tratá-las efetivamente através de abordagens psicológicas ou
medicamentosas como exemplo, na diminuição de ansiedade, depressão, angústia,
frustração, compulsão, etc.
Profa. Dra. Edna Paciência
Vietta
Psicóloga
Clínica
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