terça-feira, novembro 09, 2021

As 5 fases do desenvolvimento psicossexual segundo Freud

O que é desenvolvimento psicossexual para Freud?

teoria do desenvolvimento psicossexual foi proposta pelo famoso psicanalista Sigmund Freud e descreveu como a personalidade era desenvolvida ao longo da infância. Embora a teoria seja bem conhecida na psicologia, é também uma das mais controversas.
Então como é que esta teoria psicossexual funciona? Freud acreditava que a personalidade era desenvolvida através de uma série de estágios de infância em que as energias da busca do prazer do ID tornam-se focadas em determinadas áreas erógenas. Esta energia psicossexual, ou libido , foi descrita como a força motriz por trás do comportamento.
A teoria psicanalítica sugeriu que a personalidade é mais estabelecida aos cinco anos de idade. As primeiras experiências desempenham um grande papel no desenvolvimento da personalidade e continuam a influenciar o comportamento mais tarde na vida.
Então o que acontece durante cada estágio de desenvolvimento psicossexual? E se uma pessoa não consegue progredir através de um estágio completamente ou favoravelmente? Se essas etapas psicossexuais são concluídas com êxito, uma personalidade saudável é o resultado. Se certas questões não são resolvidas na fase adequada, fixações podem ocorrer. A fixação é um foco persistente em um estágio psicossexual. Até que este conflito seja resolvido, o indivíduo mantém-se “preso” nesta fase. Por exemplo, uma pessoa que está fixada na fase oral pode ser mais dependente dos outros e pode buscar estimulação oral através de fumar, beber ou comer.

As 5 fases do desenvolvimento psicossexual para Freud

1 –  O Estágio Oral

  • Faixa etária: Nascimento – 1 Ano
  • Zona erógena: Boca
Durante o estágio oral , a fonte primária de interação do lactente ocorre através da boca, de modo que o enraizamento e reflexo de sucção é especialmente importante. A boca é vital para comer e a criança obtém prazer da estimulação oral por meio de atividades gratificantes, como degustar e chupar. A criança é totalmente dependente de cuidadores (que são responsáveis pela alimentação dela), e também desenvolve um sentimento de confiança e conforto através desta estimulação oral.
O conflito principal nesta fase é o processo de desmame – a criança deve tornar-se menos dependente de cuidadores. Se ocorrer a fixação nesta fase, Freud acreditava que o indivíduo teria problemas com dependência ou agressão. Fixação oral pode resultar em problemas com a bebida, comer, fumar ou roer as unhas.

2 – Estágio Anal

  • Faixa Etária: 1 a 3 anos
  • Zona erógena: Entranhas e controle da bexiga
Durante a fase anal , Freud acreditava que o foco principal da libido estava no controle da bexiga e evacuações. O grande conflito nesta fase é o treinamento do toalete – a criança tem de aprender a controlar suas necessidades corporais. Desenvolver esse controle leva a um sentimento de realização e independência.
De acordo com Freud, o sucesso nesta fase é dependente da maneira com que os pais se aproximam no treinamento do toalete. Os pais que utilizam elogios e recompensas para usar o banheiro no momento oportuno incentivam resultados positivos e ajudam as crianças a se sentir capazes e produtivas. Freud acreditava que experiências positivas durante este estágio servem de base para que as pessoas tornem-se adultos competentes, produtivos e criativos.
No entanto, nem todos os pais fornecem o apoio e encorajamento que as crianças precisam durante este estágio. Alguns pais vão punir com ridicularização ou vergonha os acidentes das crianças.
De acordo com Freud, as respostas parentais inadequadas podem resultar em resultados negativos. Se os pais levam uma abordagem que é muito branda, Freud sugeriu que poderia se desenvolver uma personalidade anal-expulsiva, em que o indivíduo tem uma personalidade confusa ou destrutiva. Se os pais são muito rigorosos ou começam o treinamento do toalete muito cedo, Freud acreditava que uma personalidade anal-retentiva se desenvolveria, na qual o indivíduo é rigoroso, ordenado, rígido e obsessivo.

3 – A fase fálica

  1. Faixa etária: 3 a 6 anos
  2. Zona erógena: Genitais
Durante a fase fálica , o foco principal da libido é sobre os órgãos genitais. Nessa idade, as crianças também começam a descobrir as diferenças entre machos e fêmeas.
Freud também acreditava que os meninos começam a ver seus pais como rivais pelo afeto da mãe. O complexo de Édipo descreve esses sentimentos de querer possuir a mãe e o desejo de substituir o pai. No entanto, a criança também teme ser punida pelo pai por estes sentimentos, um medo que Freud denominou de angústia de castração.
O termo complexo de Electra tem sido usado para descrever um conjunto semelhante de sentimentos vivenciados pelas jovens. Freud, no entanto, acredita que as meninas, em vez disso experimentam inveja do pênis.
Eventualmente, a criança começa a se identificar com o genitor do mesmo sexo como um meio de vicariamente possuir o outro progenitor. Para as meninas, no entanto, Freud acreditava que a inveja do pênis não foi totalmente resolvida e que todas as mulheres continuam a ser um pouco fixadas neste estágio. Psicólogos como Karen Horney contestam esta teoria, chamando-a de um tanto imprecisa e degradante para as mulheres. Em vez disso, Horney propôs que os homens experimentam sentimentos de inferioridade porque eles não podem dar a luz à filhos, um conceito à que ela se referiu como inveja do útero.

4 – O período de latência

  • Faixa etária: 6 anos – puberdade
  • Zona erógena: sentimentos sexuais são inativos
Durante o período de latência, os  interesses da libido são suprimidos. O desenvolvimento do ego e superegocontribuem para este período de calma. O estágio começa na época em que as crianças entram na escola e tornam-se mais preocupadas com as relações entre colegas, hobbies e outros interesses.
O período de latência é um tempo de exploração em que a energia sexual ainda está presente, mas é direcionada para outras áreas, como atividades intelectuais e interações sociais. Esta etapa é importante para o desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação e autoconfiança.

5 – O Estágio Genital

  • Faixa etária: Puberdade à Morte
  • Zona erógena: Amadurecendo de Interesses Sexuais
Durante a fase final de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo desenvolve um forte interesse sexual no sexo oposto. Esta fase começa durante a puberdade, mas passa por todo o resto da vida de uma pessoa.
Em fases anteriores, o foco foi exclusivamente nas necessidades individuais, porém o interesse pelo bem estar dos outros cresce durante esta fase. Se as outras etapas foram concluídas com êxito, o indivíduo deve agora ser bem equilibrado, tenro e carinhoso. O objetivo desta etapa é estabelecer um equilíbrio entre as diversas áreas da vida.

Avaliando a Teoria dos estágios de desenvolvimento psicossexual de Freud

A teoria de Freud ainda é considerada controversa hoje, mas imagine quão audaciosa parecia durante o final dos anos 1800 e início dos anos 1900. Tem havido um grande número de observações e críticas da teoria psicossexual de Freud sobre uma série de motivos, incluindo críticas científicas e feministas:
  • A teoria é focada quase exclusivamente no desenvolvimento do sexo masculino com pouca menção do desenvolvimento psicossexual feminino.
  • Suas teorias são difíceis de testar cientificamente. Conceitos como a libido são impossíveis de medir, e, portanto, não podem ser testados. A pesquisa que foi conduzida tende a desacreditar a teoria de Freud.
  • previsões futuras são demasiado vagas. Como podemos saber que um comportamento atual foi causado especificamente por uma experiência de infância? O período de tempo entre a causa e o efeito é demasiado longo para assumir que existe uma relação entre as duas variáveis.
  • A teoria de Freud é baseada em estudos de caso e pesquisa não empírica. Além disso, Freud baseou sua teoria sobre as lembranças de seus pacientes adultos, não em observação real e estudo dos filhos.

Revisão e resumo rápido dos estágios de desenvolvimento psicossexual de Freud

O resumo abaixo oferece uma breve visão geral desses estágios de desenvolvimento psicossexual , os níveis etários aproximados para cada etapa e o conflito primário confrontado em cada etapa.
Fase oral (nascimento até 1 ano)
Interação primária de uma criança com o mundo é através da boca. A boca é vital para comer, e a criança obtém prazer da estimulação oral por meio de atividades gratificantes, como degustar e chupar. Se esta necessidade não é satisfeita, a criança pode desenvolver uma fixação oral mais tarde na vida, cujos exemplos incluem chupar o dedo, tabagismo, roer unha e comer demais.
Fase Anal (1 a 3 anos)
Freud acreditava que o foco principal da libido estava no controle da bexiga e evacuações. O aprendizado do uso do banheiro é uma questão primordial com as crianças e os pais. Demasiada pressão pode resultar em uma necessidade excessiva para a ordem ou a limpeza mais tarde na vida, enquanto que muito pouca pressão dos pais pode levar a um comportamento confuso ou destrutivo mais tarde.
Fase fálica (3 a 6 anos)
Freud sugeriu que o foco principal da energia do id é sobre os órgãos genitais. De acordo com Freud, a experiência do menino é uma experiência de Complexo de Édipo e da menina é Complexo de Electra, ou uma atração para o pai do sexo oposto. Para lidar com este conflito, as crianças adotam os valores e as características do pai do mesmo sexo, formando assim o superego.
Fase latente (6 a 11 anos)
Durante esta fase, o superego continua a se desenvolver, enquanto as energias do id são suprimidas. As crianças desenvolvem habilidades sociais, valores e relacionamentos com colegas e adultos fora da família.
Estágio Genital (11 a 18 anos)
O início da puberdade faz com que a libido se torne ativa novamente. Durante esta fase, as pessoas desenvolvem um forte interesse no sexo oposto. Se o desenvolvimento é bem sucedido neste ponto, o indivíduo irá continuar a evoluir para uma pessoa bem equilibrada.

segunda-feira, fevereiro 16, 2015

DEPRESSÃO: UM TRANSTORNO AFETIVO





Depressão é um Transtorno Afetivo (ou do Humor), caracterizada por uma alteração psíquica e orgânica global, com conseqüentes alterações na maneira de valorizar a realidade e a vida. Se a depressão é uma doença afetiva é importante saber o que se entende por afeto? Afeto é a parte de nosso psiquismo responsável pela maneira de sentir e perceber a realidade. A afetividade é, portanto, a parte psíquica responsável pelo significado sentimental de tudo aquilo que vivemos. Se as coisas que vivenciamos estão sendo agradáveis, prazerosas, sofríveis, angustiantes, se causam medo ou pânico, se dão satisfação, prazer, etc. Todos esses valores são atribuídos pela nossa afetividade. É através do Afeto que o mundo no qual vivemos chega até nossa consciência com o significado emocional que tem para nós.
A depressão é uma doença que envolve nossa afetividade com repercussão no organismo todo, comprometendo o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento de seu portador. Ela altera a maneira como a pessoa vê o mundo, como percebe a realidade, como interpreta as coisas, como manifesta e interpreta suas emoções e como manifesta disposição e o prazer pela a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta, como dorme, como se sente em relação a si próprio, com o ambiente em que vive e as pessoas ao seu redor.
A Depressão é, portanto, uma doença afetiva ou do humor, e não simplesmente estar na "fossa" ou em "baixo astral" passageiro. A depressão é muito complexa e difícil de ser diagnosticada, pois um dos seus principais sintomas pode ser confundido com tristeza, apatia, preguiça, irresponsabilidade e em casos crônicos como fraqueza ou falha de caráter. Não é falta de pensamentos positivos ou de condições que possam ser superadas apenas pela força de vontade ou decisão.
A Depressão, de um modo geral, resulta numa apatia geral, afetando a parte psíquica, as funções mais importantes da mente humana, como a memória, o raciocínio, a criatividade, vontade, o amor e o sexo. Assim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido.
O paciente com depressão apresenta variação de humor e de comportamento, perda de interesse pelas atividades diárias, tristeza, permanente desânimo, ansiedade e irritabilidade. Além disso, torna-se pessimista e apresenta dificuldade para tomar decisões. Também sofre alterações fisiológicas, como cansaço, diminuição da libido, insônia ou excesso de sono, perda ou aumento de apetite, distúrbios digestivos, falta de memória, redução de concentração e da capacidade produtiva. Diante deste quadro é possível entender o sofrimento da pessoa deprimida, todo seu desespero em muitas vezes não ser compreendida em suas queixas, como se a pessoa deprimida pudesse por si só controlar seus sintomas por esforço ou decisão. Da mesma forma, como cada um de nós reage diferente aos sentimentos, cada um terá uma maneira pessoal de manifestar sua Depressão. Há pessoas que ficam caladas diante das suas preocupações, outras choram, outras contam suas dificuldades para todo mundo, outras sentem dor de estômago, alguns têm aumento da pressão arterial, se tornam queixosas, pessimistas, irritáveis, mau humoradas enfim, cada um reagirá diferentemente diante de suas emoções.
Na Depressão Típica falta energia para tolerar e conviver com o próximo, falta tolerância para aceitar o jeito de ser dos outros, falta ânimo para resolver problemas da vida, falta otimismo para acreditar que as coisas estão bem.
Ainda não são conhecidas todas as causas da Depressão, porém, pesquisas nessa área sugerem fortemente influências bioquímicas importantes para a regulação de nosso estado afetivo, além da influência de fatores genêticos e não apenas a conseqüência de experiências de vida atuais ou do passado, como se pensava antes.
A depressão envolve um mal funcionamento cerebral, um desequilíbrio bioquímico dos neurotransmissores responsáveis pelo controle do estado de humor.
O tratamento da depressão é, portanto, e natureza medicamentosa e psicoterápica. Através desta última ajuda-se a pessoa a conhecer e a lidar melhor com seus sentimentos e emoções. Através desse autoconhecimento é esperado que a pessoa passe a melhorar sua relação com a realidade e consigo mesma.
                                                           Profa. Dra Edna Paciência Vietta
                                            Psicóloga Cognitivo-comportamental Ribeirão Preto

SOLIDÃO E PÓS-MODERNIDADE




Para Bauman (1992), a modernidade foi o momento de desenvolvimento de uma ordem racional e de uma liberdade individual até então não alcançada. O indivíduo pós-moderno vive intensamente o mito da liberdade individual. Ele nunca foi tão livre em suas escolhas privadas e públicas, mas também nunca foi tão solitário. (Cova, 1997). A solidão é um fenômeno psicológico com implicações profundas de ordem espiritual, podendo vir acompanhado de inquietação, desânimo, ansiedade, sensação de isolamento e desejo de ser útil a alguém. Ela agrega sentimento de perda e a sensação de que a vida perde propósito e sentido, independentemente de existir ou não isolamento social.

Para a Filosofia o grande desafio é transformar a solidão em aliada de nossa realização pessoal. De acordo com a Filosofia o ser humano nasce só, sua dor e prazer ele os tem no recôndito do seu ser, e finalmente morre só. Para a Sociologia a solidão é o resultado da produção social do individuo “Ego-centrado” e “Individualista”, que ao firmar sua individualidade, firma também a fragmentação do universo social e o isolamento. Para a Psicanálise a solidão é considerada um mecanismo de defesa, e encontra-se intimamente ligado às doenças mentais, isto é, aos sintomas neuróticos e psicóticos. A solidão é uma experiência dolorosa que tem assolado pessoas de todas as idades, raças, camadas sociais e crenças, já tendo sido considerado o grande mal deste século.
O diagnóstico é do psicólogo americano John T. Cacioppo, diretor do Centro de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade de Chicago (EUA) e autor do livro “Solidão: A Natureza Humana e a Necessidade de Vínculo Social”. Nessa obra o autor destaca como a vida moderna facilita a crescente falta de vínculos sociais. O sentimento é acompanhado de uma sensação de abandono, desamparo e angústia. Essa ausência de conexões com o mundo faz com que a pessoa se esqueça dos benefícios que a solidão pode trazer para suas vidas.
Especialistas alertam: "um pouco de solidão pode ser benéfico, e até necessário". Alguns indivíduos podem sentir-se pressionados pelo ritmo de convivência imposto pelos tempos pós-moderno, e que, nesse caso, uma dose segura de solidão ajuda a superar a sensação de desconforto. "O isolamento moderado contribui para a reflexão". Nesta perspectiva podemos compreender a solidão como um estado de consciência no qual nos voltamos para nós mesmos e analisamos nossa vida, nossas relações, sem o peso da culpa, pautada numa análise não crítica, sem julgamentos ou culpas, num movimento de reflexão sobre o que fizemos e as conseqüências de nossas ações. Dessa forma, a solidão pode ser uma oportunidade de autoconhecimento, de descobrirmos do que gostamos, queremos ou precisamos, bem como, dos recursos de que dispomos para alcançar nossos objetivos. É um modo de nos defrontarmos com o tumulto da pós-modernidade.
De acordo com estudiosos no assunto, o perigo é quando a opção pelo isolamento se manifesta sob formas patológicas, acompanhada de depressão, pânico e vícios, danosos à vida em sociedade. A solidão é um processo necessário para que possamos desenvolver nossa individualidade.
O grande paradoxo é que também precisamos nos relacionar com os outros para nos individualizarmos. Esse é o grande dilema da vida pós- moderna, pois a sociedade atual instrumentaliza o homem, supondo dar todos os recursos para uma vida plena, porém, ao mesmo tempo, torna suas relações efêmeras. O resultado é um individualismo cada vez maior.
A pós-modernidade caracterizou a “sociedade da solidão”, uma solidão nova, intermediada por tecnologia. Um processo em que os indivíduos passam a viver isolados em seus quartos, conectados com seus computadores, enquanto seus familiares estão na sala contígua interligados a outros computadores por meio da internet. Essa nova configuração cria o espaço para a exacerbação de uma postura individualista apontando o EU como principio e fim de todas as coisas. O EU se vê prisioneiro de uma armadilha que revela sua condição de ser solitário.
A pós-modernidade engloba uma sociedade de denominações diversas: sociedade das mídias, sociedade da informação, sociedade high-tech, sociedade eletrônica. A dinâmica social dessa sociedade é marcada pela ênfase nas novas tecnologias da informação e possui características que nos levam a entender as novas formas de sociabilidade do “sujeito pós-moderno. O indivíduo é levado à solidão e lhe são fornecidos mecanismos que fazem com que acredite piamente em uma interação social, mesmo que essa só ocorra por meio de dispositivos técnicos, de forma virtual.
                               Profa. Dra. Edna Paciência Vietta Psicóloga
                             Psicóloga Cognitivo-comportamental Ribeirao Preto

domingo, dezembro 28, 2014



Ciúmes Patológico


                                                      CIÚMES PATOLÓGICO

                                                                             

                 O ciúme patológico é provocado por delírios de traição por parte do parceiro. Nenhum tipo de prova em contrário convence o enciumado de que o parceiro não o está traindo. Cada suspeita desconfirmada só tranqüiliza por pouco tempo. Logo em seguida aparece outra suspeita e novas crises de ciúmes.
Dependendo do grau que atinge pode tornar-se obsessão. Em Otelo (de Shakespeare) temos um exemplo clássico da atitude inadequada diante desse sentimento, onde o ciúme supera a razão, e suas conseqüências trágicas. Otelo é convencido por um amigo, de que Desdêmona, sua esposa, o estaria traindo. Cego de ciúmes mata a esposa. Depois de matá-la, acaba descobrindo seu engano e então, culpado, suicida. É difícil se considerar ciúmes, um sentimento bom ou normal.
A vida de quem tem este tipo de ciúme e a de seu parceiro se transforma em um inferno. A insegurança de que o parceiro está traindo é constante. Todas as atividades da vida diária podem ser prejudicadas pelas perturbações decorrentes do ciúme. O enciumado não consegue se concentrar em mais nada. Tudo fica subordinado aos seus sentimentos de ciúme. O sono fica prejudicado, o parceiro é submetido à vigilância continua – a sua privacidade é invadida de todas a formas – outras atividades importantes podem ser interrompidas para que a vigilância do parceiro possa ser exercida. Este tipo de distúrbio requer tratamento especializado.
A grande maioria das pessoas não gosta de sentir ciúme. As reações de pessoas que são objeto de ciúme moderado vão desde sentir-se amado e ficar lisonjeado até não suportar ser objeto deste sentimento. As pessoas que não gostam de ser objeto de ciúme sentem-se acuadas, tolhidas e desrespeitadas quando isto acontece.
A forma de agir daqueles que sentem ciúme também varia muito. Por exemplo, algumas pessoas escondem este sentimento, enquanto outras se tornam agressivas e apresentam ameaças e/ou represálias.
O ciúme exagerado pode ser causado por pelo menos um dos seguintes motivos:
(1) Sentir afeto do tipo compulsivo (são pessoas possessivas e inseguras) possuir um apego ansioso-ambivalente (típico dos que receberam cuidados inadequados na infância), carência afetiva, rejeição ou superproteção, ausência de um dos genitores, violência, adotivos, etc.
(2) Ter sido traído em relacionamentos anteriores: “Gato escaldado tem medo de água fria”. pessoas mal resolvidas, neuróticas, etc
(3) Crenças disfuncionais do tipo “homem nenhum presta” ou “não se pode confiar nos homens”, “as mulheres são fracas ou perigosas”; durante a infância e adolescência presenciar conflitos e brigas freqüentes entre os pais, com ou sem acusação de traição.
O ciúme é um dos elementos mais complicadores no relacionamento afetivo e tem como causa uma insegurança externa ou interna. Ou a própria pessoa é insegura consigo mesma ou o(a) parceiro (a), de alguma forma, dá consciente ou inconscientemente motivos para insegurança.
Se o seu ciúme está prejudicando o seu relacionamento, verifique se ele é legítimo. Caso não esteja conseguindo controlar seu ciúme procure ajuda profissional. O ciúme quando incomoda e atrapalha deve ser tratado para não se tornar patológico.
Profa Dra. Edna Paciência Vietta
Psicóloga Clínica

terça-feira, dezembro 09, 2014

Estresse: na perspectiva do mundo pós-moderno.




                      Estresse: na perspectiva do mundo pós-moderno.                                     
O ser humano sempre teve que assegurar sua própria sobrevivência, lutando ou fugindo dos perigos iminentes. Nos primórdios da humanidade o ser humano lutava contra os predadores e os perigos provocados por eventos da natureza: tempestades, furacões, e outros acontecimentos imprevistos. Na vida moderna nossa sobrevivência continua sendo uma luta diária.
O mundo muda ao longo dos séculos, embora semelhantes, as causas do estresse continuam as mesmas, persistindo como condição de enfrentamento intrínseco e natural da humanidade. O bombardeio de informações, a violência urbana, as drogas, as desigualdades sociais, as doenças, os conflitos, as guerras, tudo leva ao universo do estresse. Até bem pouco tempo, a humanidade vivia sem o recurso do fax, do telefone celular, do computador, da internet. De repente, o homem se dá conta das transformações ocorridas e se surpreende a cada dia, tendo que se adaptar às novas condições de vida. Há uma maior exigência interna e externa para a adaptação do ser humano às condições da vida atual.
A necessidade de conseguir mais dinheiro, atingir níveis de conforto e status social elevado, conquistar e manter-se num bom emprego, prover a família com ben s materiais estimulado pela mídia, competir por melhores oportunidades profissionais, viver a maior parte do dia no trabalho e longe da família, alimentar-se de forma irregular e desequilibrada são apenas alguns fatores que certamente colaboram para o estresse no mundo contemporâneo.
A evolução tecnológica e científica mudou também o estilo de vida do homem moderno, impondo-lhe novas atitudes e comportamentos. Difícil é saber até que ponto e, em que sentido esta evolução contribuiu para melhorar ou piorar a qualidade de vida do homem na terra, embora se cogite que, dificuldades ou aspectos negativos possam ocorrer por conta da forma como o homem se utiliza destas conquistas.
De outra perspectiva, sem nenhum pessimismo, mas numa visão crítica, sabe-se que o crescimento econômico, alicerçado no consumismo e na competição desenfreada gerou muitas frustrações, fracassos, mal-estar social, vazio existencial, enquanto o sofrimento humano gerou na pós-modernidade novas formas de patologias psíquicas de âmbito mundial; a Anorexia Nervosa, a Bulimia, as Fobias, o Pânico, Alzheimer, só para citar algumas. A compulsão por compras, por exemplo, tornou-se uma forma de completude entre a ameaça do esvaziamento interior, a falta de sentido de vida, a angústia, a depressão, enquanto a competição gerou insegurança, medos, fobias, dependências, alcoolismo.
A sobrecarga de agentes estressores pode ser considerada importante fator para o mal-estar da civilização moderna. Essa sobrecarga é um estado no qual as exigências do ambiente excedem às nossas capacidades de adaptação. Acresce-se ainda, a urgência de tempo para execução de tarefas, responsabilidades e preocupações excessivas além dos problemas do dia-a-dia, também assoberbados pela vida moderna. Estes últimos, relacionados à falta de segurança e estabilidade, com repercussão nas relações familiares, educação dos filhos (preocupação com violência e drogas) e a falta de descanso e lazer. A falta de estímulo, o sentimento de inutilidade, a falta de sentido de vida, a solidão, o isolamento, a rotina, também podem resultar em estresse.
O estresse não se manifesta com a mesma intensidade para todas as pessoas, ele se instala com manifestações que podem variar de leves, moderadas ou intensas, dependendo do tipo, intensidade, freqüência da exposição ao fator estressante e das diferenças individuais.
Para que um evento se torne estressante é necessário que o mesmo, seja percebido como tal. Assim, o modo de ser de uma pessoa, seu estilo de vida, suas crenças e valores, seus hábitos, sua personalidade, interferem na eclosão e intensidade do estresse.
Dependendo da intensidade, o estresse pode causar grande sofrimento e provocar desgaste físico e mental, deterioração e envelhecimento precoce, interferir na imunidade do organismo predispondo-o a doenças ou agravando condições de enfermidades já instaladas.
Perturbações psicossomáticas, desencadeadas nestas condições como, enxaqueca, fibromialgia, hipertensão essencial, úlcera duodenal, obesidade, artrite reumatóide, doença coronariana, e outros sintomas como: diarréia, taquicardia, falta de ar, cansaço, insônia, dificuldades de concentração, dificuldades sexuais, podem ser consideradas como produtos deste fantasma do mundo moderno, quando avaliações médicas criteriosas e exames clínicos, não forem suficientes para determinar sua etiologia.

Profa. Dra. Edna Paciência Vietta

Psicóloga Clínica



sexta-feira, dezembro 06, 2013

Psicoterapia de casal:abordagem cognitivo-comportamental


  Psicoterapia de casal: abordagens cognitivo-comportamental




                           
                            
 

Segundo Sadock e Sadock (2007), a terapia de casais ou conjugal é um tipo de psicoterapia que pretende facilitar a interação de duas pessoas que estão em conflito sobre uma variedade de parâmetros sociais, emocionais, sexuais e/ou econômicos
 A Terapia de Casal é uma terapia conjunta, centrada no relacionamento conjugal com objetivos de: melhorar a comunicação; enriquecer os comportamentos positivos; desenvolver habilidades de resolução de problemas; mudar padrões de comportamentos que levam à discórdia conjugal; aliviar problemas sexuais; reestruturar padrões de pensamentos disfuncionais e prejudiciais; buscar a diminuição progressiva dos conflitos destrutivos; avaliar as crenças quanto ao relacionamento a dois. Porém a meta a ser alcançada é a satisfação conjugal.
Os motivos mais freqüentes na busca de psicoterapia de casais tem sido: a traição de um ou de amos os cônjuges; desentendimentos freqüentes, dificuldade de comunicação (falta de diálogo), hostilidades e agressões físicas ou psicológicas, ciúme, desconfiança ou possessão, machismo. Promessas por cumprir, mentira, e infidelidade são as principais violações à confiança entre o casal e muitas vezes são a causa da ruptura relacional.
Quando a confiança, que é a base de um relacionamento amoroso, é quebrada os problemas acumulam e a motivação para manter a relação diminui. Na terapia de casal temos a oportunidade de rever a vida a dois, muitas vezes desgastada pelo acúmulo de pequenos desencontros do dia-a-dia. É um espaço apropriado para facilitar o diálogo e a conseqüente resolução de conflitos, repensando, modificando e fortalecendo a relação conjugal
 Os aspectos principais para um bom relacionamento conjugal é o respeito, a confiança, o comprometimento, a amizade, empatia, a química e a habilidade em resolver conflitos.
Saber ouvir o que o outro está dizendo e saber interpretar corretamente a mensagem recebida. Numa terapia de casal, isso é detectado e exercitado, de modo que os cônjuges possam transformar verdadeiramente sua relação em algo mais equilibrado e transparente. É o espaço apropriado para facilitar o diálogo e a conseqüente resolução de conflitos, repensando, modificando e fortalecendo a relação conjugal. Aceitar as diferenças, evitar provocar discussões, não depositar no outro a responsabilidade da própria felicidade e estar bem consigo mesma antes de culpar o outro são alguns dos truques para manter uma relação saudável.
A psicoterapia com casais pode ser realizada tanto para casados, namorados, noivos, que moram juntos ( hetero ou homoafetivos) que estão em um momento de crise afetiva ou sexual, que geram dúvidas sobre a continuidade desse relacionamento e desgaste.
Existem alguns casos em que a terapia de casal não é indicada, e na primeira entrevista o psicólogo poderá avaliar a necessidade de uma intervenção primeiramente individual, por ter a probabilidade de não ser ineficaz sessões conjuntas . A falta de envolvimento por um dos parceiros, ou outros problemas específicos podem ser tidos como pontos fundamentais para não se iniciar uma psicoterapia de casal.
Alguns fatores comprometem a eficácia do processo terapêutico e necessitam serem resolvidos antes, tais como: não querer abandonar um caso extraconjugal; um dos parceiros já se decidiu pela separação; perturbação de personalidade ou caráter que leva a relacionamentos instáveis; violência física; dependência de álcool ou drogas.
É possível que inicialmente a parte que teve a iniciativa em buscar ajuda seja atendida primeiro. Eventualmente é possível que uma das partes possa sentir necessidade em comparecer sozinha. A grande maioria inicia o processo em conjunto e depois, dependendo da avaliação, o psicólogo intercala sessões juntas e sessões separadas. Após adequação, as sessões seguem em conjunto (caso não haja intercorrências).
A utilização da terapia cognitivo-comportamental com casais começou a ser mais pesquisada e utilizada na América do Norte por volta de 1980, e, desde então, vem se desenvolvendo de forma gradual e constante. Atualmente o objetivo desta terapia é facilitar a interação dos cônjuges. Para tanto, o psicólogo estabelece um contrato terapêutico com o casal, a fim de estabelecer o enquadre, favorecer a participação ativa do casal, a psicoeducação e motivação para mudança. A partir dai o problema é avaliado conjuntamente com o objetivo de discriminar e evidenciar padrões pouco funcionais do casal.
Os principais instrumentos utilizados pelo profissional são os tipos de comunicação, como a entrevista motivacional, o diálogo socrático e a descoberta guiada (ANDRADE et al., 2009).
                                                         Profa. Dra. Edna Paciência Vietta
                                                              Psicóloga Ribeirão Preto

segunda-feira, setembro 16, 2013

Diferentes Modelos Comportamentais

Diferentes Modelos Comportamentais

Diferentes Modelos Comportamentais

                                                         
 Diferentes Modelos Comportamentais


     As terapias designadas como terapias cognitivo-comportamentais (TCC) constituem uma integração de conceitos e técnicas cognitivas e comportamentais e não comportamentais. A TCC é uma abordagem “eclética” ao integrar conceitos e técnicas de abordagens diferentes tanto no que se refere aos pressupostos teóricos quanto na forma como se dá a prática psicoterápica. No entanto, o modelo cognitivo implica uma decisão teórica: requer entrar no estudo da problemática humana através de um modelo e uma metodologia cognitiva, no qual se vai priorizar o fenômeno cognitivo sobre qualquer outro, sempre ressaltando a influência do cognitivo sobre os demais. Porém, priorizar não significa desconsiderar outros modelos senão tomar uma dada posição teórica, ou seja, o Modelo Teórico é uma opção a priori que uma vez tomada nos obriga a sermos coerentes com ela.

Até a década de 50, o termo mais empregado para se referir a procedimentos de intervenção frente ao comportamento humano, baseados nos pressupostos teóricos do behaviorismo e nos conhecimentos empíricos produzidos pela análise experimental do comportamento, foi “modificação do comportamento” (Kazdin, 1978). Sua origem está relacionada a três fatos principais: as pesquisas fisiológicas realizadas na Rússia, desde o final do século XIX, o surgimento do behaviorismo nos Estados Unidos em 1913, e os avanços obtidos com o desenvolvimento da Psicologia da aprendizagem. Mas foi a partir dos anos 40 que a modificação do comportamento teve seu maior impulso, relacionado, em parte, pela insatisfação de muitos psicólogos com a psicoterapia tradicional vigente, fortemente influenciada pela psicanálise e carente de estudos que comprovassem sua eficácia (Kazdin, 1978).

No final dos anos 60, predominava uma avaliação paradoxal da terapia comportamental, coexistindo um interesse geral pelas suas técnicas, de eficácia cada vez mais comprovada, e um desinteresse ou insatisfação dos novos terapeutas comportamentais pela teoria behaviorista. Tal situação tornou-se, então, propícia para a inserção de outras teorias e técnicas no campo da terapia comportamental, gerando distintos modelos de análise, intervenção e propostas para a adoção de um ecletismo teórico como a melhor alternativa para aqueles que desenvolviam uma prática clínica comportamental (Lee, 1992).
Existem diferentes modelos terapêuticos comportamentais: São exemplos, a Psicoterapia Funcional-Analítica (Kohlenberg & Tsai, 1991), a Terapia da Aceitação e Compromisso (Hayes, Strosahl & Wilson, 1999), a Terapia Racional-Emotiva-Comportamental (Ellis & Dryden, 1997; Ellis & Greiger, 1977) e a Terapia Cognitiva (Beck, Rush, Shaw & Emery, 1979/1982), a Terapia por Contingências de Reforçamento (Guilhardi, 2004), dentre outras. Parece-nos mais adequado, portanto, tratar a terapia comportamental como um campo mais amplo, constituído de propostas terapêuticas mais ou menos fundamentadas na tradição behaviorista (Franks, 1996; Krasner, 1969).
Ellis e Beck, por exemplo, não eram terapeutas comportamentais, mas treinados anteriormente sob o enfoque psicanalítico. De acordo com Wilson (1978), esse termo foi usado pela primeira vez numa convenção em Nova York, em abril de 1976. Posteriormente, a proposição de uma categoria de terapias cognitivo-comportamentais teve como função identificar um grupo de terapias que associavam uma perspectiva teórica enfática quanto ao papel dos processos cognitivos na mediação do comportamento ao uso de estratégias terapêuticas comportamentais (Dobson & Block, 1988; Shinohara, 1997).
Por se tratar de um conjunto heterogêneo, Mahoney e Arnkoff (1978) sugeriram a classificação das terapias cognitivo-comportamentais em três grupos, de acordo com sutis diferenças quanto aos seus objetivos: a) As terapias de habilidades para o enfrentamento, cujo foco está nas formas pelas quais o cliente poderá minimizar os efeitos negativos de eventos externos; b) As terapias de resolução de problemas, mais voltadas para o ensino de estilos de reação e estratégias de produção de um maior número de alternativas possíveis para a solução de problemas; e c) As técnicas de reestruturação cognitiva, cujo alvo é a mudança de pensamentos perturbadores.
Há também grande diversidade de técnicas empregadas, indo desde técnicas projetivas, até técnicas computadorizadas de avaliação de medidas relacionadas à atividade cognitiva. Destacam-se ainda, os procedimentos de investigação imaginativa, de condicionamento encoberto, de confrontação e reestruturação de crenças disfuncionais, correções verbais de visões e/ou processos distorcidos e questionamento socrático, dentre outras (Dobson, 1988; Sweet & Loizeaux, 1991).



 Profa. Dra. Edna Paciência Vietta

Psicóloga Cognitivo-comportamental

Barbosa, J.I.C , Barbosa, A. Rev. Bras. de Terapia Comportamental e Cognitiva, Campinas-SP, 2010, Vol. XII, nº 1/2, 60-79.
Kazdin, C. M. (1978). History of behavior modification: Experimental foundations of contemporary research. Baltimore: University Park Press.
Lee, C. (1992). On cognitive theories and causation in human behavior. Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry, 23 (4), 257-268.
Kohlenberg, R. J., Tsai, M., Dougher, M. J. (1993). The dimensions of clinical behavior analysis. The Behavior Analyst, 16, 271-282.
Hayes, S. C., Strosahl, K. D. & Wilson, K. G. (1999). Acceptance and commitment therapy:An experiential approach to behavior change. New York: The Guilford Press.
Ellis, A. & Dryden, W. (1997). The practice of rational-emotive behavior therapy. New York: Springer Publishing Company.
Ellis, A. & Greiger, R. (1977). Handbook of rational-emotive therapy. New York: Springer.
Beck, A. T.; Rush, A. J., Shaw, B. F. & Emery (1982). Terapia cognitiva da depressão. Rio de janeiro: Zahar Editores. Publicado originalmente em 1979.
Guilhardi, H. J. (2004). Terapia por contingências de reforçamento. Em: C. N. de Abreu, e H. J. Guilhardi (Eds.). Terapia comportamental e cognitivo comportamental: Práticas clínicas. São Paulo: Roca.
Franks, C. M. (1996). Origens, história recente, questões atuais e estados futuros da terapiacomportamental: Uma revisão conceitual. In: V. E. Caballo (Org.), Manual de técnicasde terapia e modificação do comportamento (pp. 3-22). Campinas: Editorial Psy.
Krasner, L. (1969). Behavior modification – values and training: The perspective of a psychologist. In C. M. Franks (Ed.) Behavior therapy: appraisal and status (pp. 537- 566). New York: McGraw-Hill.
Dobson, K. S. & Block, L. (1988). Historical and philosophical bases of the cognitive behavioral therapies. In K. S. Dobson (Ed.) Handbook of cognitive-behavioral therapies (pp. 1-38). New York: The Guilford Press.
Shinohara, H. O. (1997). Conceituação da terapia cognitivo-comportamental. In: R. A. Banaco (Org.), Sobre comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista (pp. 1-5). São Paulo: ARBytes.
Mahoney, M. J. & Arnkoff, D. B. (1978). Cognitive and self-control therapies. In: S. L. Garfield & A. E. Bergin (Eds.), Handbook of psychotherapy and behavior change: An empirical analysis (pp. 689-722). New York: Wiley.
Dobson, K. S. (1988). The present and future of the cognitive-behavioral therapies. In K. S. Dobson (Ed.) Handbook of cognitive-behavioral therapies (pp. 387-414). New York: The Guilford Press.
Sweet, A. A. & Loizeaux, A. L. (1991). Behavioral and cognitive treatment methods: A critical comparative review. Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry, 22 (3), 159-185.